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28 Fevereiro 2010

E, pronto, aí está a primeira grande medida de Júlia Pinheiro como directora de Formatação de Conteúdos da TVI: o lançamento, já em Março, de um programa sobre espiritismo, não por acaso apresentado pela própria. Ao que se sabe, a ideia é, com a ajuda de uma medium inglesa, colocar os “famosos” a “falar” com os seus entes queridos já mortos. Ruy de Carvalho saiu exultante de uma das primeiras sessões de gravação, garantindo que havia falado com Ruth de Carvalho, de quem ficou viúvo há dois anos. Moita Flores não quis ser tão efusivo, mas sempre foi adiantando que terá falado com a sua mãe, igualmente já falecida.

Não vou questionar o valor do espiritismo como mote televisivo, assim como não questionarei a legitimidade de programas centrados no catolicismo, no protestantismo ou em qualquer outra tradição destinada a prover os cidadãos de conforto espiritual. Mas sempre me pergunto duas coisas. A primeira é genérica: o que pode interessar, para o telespectador, num programa em que um convidado “famoso” supostamente debate a sua intimidade com o espírito de uma pessoa que amou (ou ama). A segundo é personalizada: o que motivará um actor com a imagem de Ruy de Carvalho ou um escritor (e político) com a carreira de Moita Flores a exporem-se àquilo que, provavelmente, será apenas mais uma etapa na nossa já longa odisseia pelos domínios da trash TV?
Percebê-lo é única expectativa quanto ao dito programa, aliás com título ainda provisório (Evidências). Quanto ao resto, fica a esperança de que, apesar do absurdo da proposta, o formato consiga alcançar um mínimo de dignidade. Por esta altura, não é fácil acreditar nisso.

CRÓNICA DE TV ("Crónica TV"). Diário de Notícias, 28 de Fevereiro de 2010

publicado por JN às 23:37

27 Fevereiro 2010

É fácil acreditar que, como prometeu Marco Horácio, haja sketches de Notícias Em 2ª Mão (SIC, diariamente depois das 21.00) susceptíveis de se tornarem “míticos no YouTube”. Quem ouvia Caixilhos & Laminados, da Rádio Comercial, ou de alguma forma acompanhava o trabalho de Horácio e Eduardo Madeira em qualquer um dos outros suportes onde vinham trabalhando, conhece bem a capacidade mimética de ambos – e, quando viu abrir-se o ecrã para um quadro em que Jorge Jesus é o “especialista em língua portuguesa” e o chamado “Barbas” o seu “assistente de dicionário”, percebeu de imediato que há ali potencial.

Mas o resultado final, para já, é limitado. Os sketches são curtos e, aparentemente, preparados demasiado depressa. Tanto os Gato Fedorento como Herman José andam demasiado por ali (“António e Rosinda Melo” são obviamente um pastiche simultâneo de “Nelo e Idalia” e de “Diácono Remédios”, para citar apenas o exemplo mais flagrante). E o público ao vivo, que é claramente o mesmo de Levanta-te e Ri (e de Fernando Rocha em particular) comporta-se de forma boçal, rasgando em gargalhadas guturais a pretexto dos ganchos mais corriqueiros do humor físico.
Talvez se possa esperar uma subida da qualidade do produto ao longo das próximas semanas. Para já, no entanto, e embora seja previsível o êxito de algumas das personagens no universo da Internet, trata-se de um programa pouco vocacionado para o prime time de um canal generalista à procura de reinventar-se. Mesmo se as audiências da primeira edição (9%, correspondentes a 22,6% de share), e apesar do claro predomínio da classe C2, não se mostram completamente decepcionantes.

CRÍTICA DE TV ("Crónica TV"). Diário de Notícias, 27 de Fevereiro de 2010

publicado por JN às 17:19

25 Fevereiro 2010

Há um momento exemplar na entrevista de Miguel Sousa Tavares a José Sócrates. MST parece ter cercado o primeiro-ministro com uma pergunta sobre o processo Face Oculta, mas este esquiva-se bem. Para capitalizar o momento, decide contra-atacar. Então, começa: “Está a ver como você julga as pessoas apre…” É nesse instante que reconsidera. E reformula: “Está a ver como você julga as pessoas um pouco apressadamente?”

Aquele “um pouco” tem significado. Porque este primeiro Sinais de Fogo (SIC), foi precisamente isso: um pouco de tudo, muito de nada. Entrevistador e entrevistado policiaram-se como dois pesos-pesados que arriscam um soco e logo se abraçam, para evitar murros demolidores – e, no fim, não conseguiram produzir uma declaração que justificasse um título de jornal. Para grande happening televisivo da temporada, e apesar da boa audiência, foi decepcionante.
Mas houve a audiência – e o facto é que nenhum jornal deixou de dedicar-lhe uma peça descritiva. Razão simples: trata-se de Sousa Tavares, a personalidade portuguesa com mais valor mediático na área política. E, nesse sentido, há motivos para acreditar numa melhoria de conteúdo ao longo das próximas semanas. Até porque se assume sem pruridos aquela que é a grande aposta: MST ele próprio, o protagonista do genérico, o autor da longa crónica com que o programa começa e a grande influência do tom das peças que o povoam.
Ainda vamos beneficiar muito deste Sinais de Fogo. Para já, no entanto, tudo não passou de cerimónia de apresentação. Mesmo se, até certo ponto, foi agradável ver colocadas questões relevantes sem a inflamação “rottweiler” a que, desgraçadamente, nos vínhamos habituando.

CRÍTICA DE TV ("Crónica TV"). Diário de Notícias, 25 de Fevereiro de 2010

publicado por JN às 22:29

23 Fevereiro 2010

É talvez o melhor programa de culinária a que, por estes dias, temos acesso na televisão portuguesa – e é, muito provavelmente, a mulher mais sexy que nos entra diariamente em casa. Talvez essa sensualidade tenha a ver com o sotaque britânico de Nigella Lawson. Talvez tenha a ver também com as suas formas generosas. Mas tem seguramente muito mais a ver com a forma como ela prova os seus próprios cozinhados. Como ela os devora.

Nigella Bites, magazine da BBC que a SIC Mulher exibe todos os dias em diversos horários, é uma pequena pérola de simplicidade, de instrução e, já agora, de erotismo. Esteja num estúdio de televisão, esteja em viagem pelos Antípodas ou esteja apenas no seu apartamento de Londres, Nigella está sempre a experimentar e está sempre a sorrir. Tem 50 anos (ou 45, uma vez que os programas actualmente em exibição são de 2004/2005), mas parece uma rapariga de 30, talvez até menos do que isso.
O programa não tem um modelo definido. Há passeios, há entrevistas, há declarações em tom explicativo na direcção da câmara. No fim, porém, resta sempre a gula: aquele olhar que Nigella faz para a sua obra, o imenso desejo que sente por ela, o ardor com que se entrega à prova (eu ia dizer degustação, mas é palavra estilizada de mais) da iguaria que acaba de preparar. E, lá pelo meio, quase sempre, a mesma declaração, acompanhada de um sorriso: “Vocês já sabem que a minha preocupação com a higiene não é grande coisa…”
“Higiene”, ali, quer dizer “pompa” (a “pompa” dos gourmets, isto é). E quer dizer também “artificialidade”, “convenções sociais”, mesmo “saúde”. É hedonista, claro. E é perigoso, numa sociedade que engorda todos os dias. Mas sabe tão bem…

CRÍTICA DE TV ("Crónica TV"). Diário de Notícias, 23 de Fevereiro de 2010

publicado por JN às 20:31

21 Fevereiro 2010

Ansioso pelo final do julgamento do chamado “processo Casa Pia”, Carlos Cruz parece cultivar algumas expectativas quanto a um regresso ao pequeno ecrã – e a entrevista concedida há algumas semanas ao jornal 24horas por Frederico Ferreira de Almeida, patrão da Fremantle e seu amigo pessoal, parece ser disso prova. Diz Ferreira de Almeida que o apresentador ainda tem lugar na televisão. Mas o facto é que a questão deve ser colocada precisamente ao contrário: ainda deverá a televisão ter lugar na vida de Carlos Cruz?

A reposta depende em parte da sentença: uma condenação roubar-lhe-á qualquer possibilidade de reaver um dia sequer uma fracção da empatia que já teve com os telespectadores. Mas, mesmo que venha a ser absolvido, Carlos Cruz deve ponderar se uma exposição televisiva regular lhe trará mais vantagens do que prejuízo. Mesmo no melhor dos cenários, o mais provável é que o apresentador viesse a transformar-se numa espécie de atracção circense, alimentando todo o tipo de voyeurismos, incluindo todo o tipo de ajustes de contas subjacentes.
O facto é: os portugueses confiam pouco na sua Justiça. Trate-se ou não de uma suspeita legítima, têm dificuldade em encarar como inocente, hoje em dia, um cidadão absolvido (ou mesmo ilibado). Ora, a televisão, que a si mesmo se transformou num palco de demagogias e justiceirismos primários, amplifica qualquer gesto de desconfiança, sobretudo se dirigida aos ricos e aos famosos. É injusto e é cruel. Mas é assim – e, independentemente das vantagens financeiras que um regresso ao ecrã possa trazer-lhe, Carlos Cruz deve lembrar-se disso no momento em que, um dia, puder festejar a liberdade.

CRÓNICA DE TV ("Crónica TV"). Diário de Notícias, 21 de Fevereiro de 2010

publicado por JN às 23:33

19 Fevereiro 2010

Quando estreou em França, em 2007, Segredos (Cada Mulher Tem Um Segredo) (Suspectes: Chaque Femme A Un Secret, no original), produzida pela M6, foi quase um happening: uma importante declaração de vitalidade por parte da ficção televisiva francesa. Daí que haja algo de interessante em vê-la agora exibida diariamente na RTP1, ainda por cima num horário que, sendo late night (01:00), não deixa de torná-la acessível ainda a muita gente, até porque o padrão dos horários laborais se alterou nos últimos anos.

E, no entanto, são muitos os defeitos. A realização é relativamente ágil, a banda sonora resulta bastante bem, o ritmo funciona. Mas as actrizes são fracas, os diálogos são pobres, o dilema é demasiado batido, as personagens também – e, sobretudo, a intriga é mal gerida, lançando pistas nos momentos errados, atando nós que depois se esquece de desatar e acorrendo a demasiados clichés do género para conseguir conservar o interesse do início ao fim de um só episódio.
“Deus está nos pormenores”, diz a velha frase de van der Rohe – e o facto é que, quando se trata de ficção policial, está mesmo. Pois o que a equipa da M6 mostra aqui é que não sabe manipulá-los. Ora, por muito que nos seja agradável escutar a língua francesa na nossa televisão generalista, tão ela cheia de inglês e das suas muitas variantes, é difícil dissociar esse fracasso da tentativa de fazer “à americana”, misturando Desperate Howsewives, 24, Nip Tuck e sabe-se lá mais o quê num seriado apenas.
Mas porque é que a ficção francesa precisa de fazer “à americana”, se ainda há pouco tempo era o mais sólido e respeitado contraponto ao império audiovisual de Hollywood?

CRÍTICA DE TV ("Crónica TV"). Diário de Notícias, 19 de Fevereiro de 2010

publicado por JN às 23:26

17 Fevereiro 2010

Mário Crespo, já aqui o disse, era o pivot português que mais confortável me fazia sentir enquanto espectador de telejornais. Ao contrário dos seus tempos na RTP, em que pôs em prática um jornalismo algo “espectacular” (mesmo conspícuo), na SIC usou sempre a antena de um modo “suave”, fazendo-se valer da idade, da experiência e até de um saudável “cinismo” para ajudar-nos a formar uma visão sábia e até “existencialista” do mundo. Cada uma destas aspas precisava de uma decifração que não cabe aqui. Mas o essencial é isso: Mário Crespo era o melhor.

O affaire em que se envolveu após o primeiro-ministro supostamente tê-lo considerado “um caso a resolver” (e o JN lhe ter negado a publicação de uma crónica em que o relatava) mudou a sua imagem. Ora, se há uma coisa de que a relação entre o espectador e os seus pivots depende, é da imagem destes. Atente-se nesta expressão: era “confortável” que Mário Crespo me (nos) deixava. Ninguém alguma vez pensou que estava na presença de Bob Woodward, de Seymour Hersh ou de Ryszard Kapuscinski. Era de um descodificador de notícias que se tratava, não de um produtor delas – e muito menos de um protagonista das mesmas.
Dirá Mário Crespo que, ao levar tão longe os seus protestos, em entrevistas sucessivas e intervenções avulsas, fez apenas o seu dever. Talvez o tenha feito. Mas, inevitavelmente, não é o mesmo jornalista que era há um mês. E, mesmo que tenha mudado para melhor, o facto é: a mim já não me serve enquanto pivot de vocação late night, horário em que é suposto respirarmos fundo e olharmos para a marcha das gentes com alguma serenidade, alguma perspectiva, até alguma bonomia. Serei o único?

CRÓNICA DE TV ("Crónica TV"). Diário de Notícias, 17 de Fevereiro de 2010

publicado por JN às 20:46

05 Fevereiro 2010

O primeiro mérito de Capadócia, a nova série da HBO cuja exibição acaba de arrancar no Fox Crime, não é centrar-se em belas mulheres hispânicas, seguindo a obsessão que Jennifer López, Eva Longoria e Rosario Dawson lançaram. O seu primeiro mérito é decorrer numa prisão mexicana e ser falada em espanhol, levando o México aos EUA (e os EUA ao México) e contribuindo para o combate àquele que, no limite, é o maior handicap do Ocidente no combate ao terror global: o etnocentrismo americano.

E, no entanto, os seus méritos vão além disso. Perdidos no meio das rebuscadíssimas soluções formais em que os produtores da TV americana vêm mergulhando, sabe-nos bem encontrar, aqui e ali, uma série de roupagens mais clássicas. Ora, Capadócia não se centra em personagens com dons “psíquicos”, em odisseias cuja acção se concentra num espaço de 24 horas ou em gente que teve um desastre de avião e foi parar a uma ilha. Centra-se numa prisão de mulheres apenas – e, se é difícil imaginar que um dia possamos ter um acidente de avião e sobreviver, a verdade é que a linha que diariamente nos separa de uma prisão é, bem vistas as coisas, bastante ténue.
O resultado não tem talvez a sofisticação de Lost ou Prision Break, mas vai muito além do que a HBO Latin America conseguira com Mulheres Assassinas ou Mandrake, ganhando outra acuidade na conquista do público americano. Além disso, uma história mexicana distribuída mundialmente com selo americano é mais do que apenas uma jogada de expansão mercantil por parte da HBO: é um salto importante no domínios de uma globalização equilibrada. Ah, sim: e as mulheres são lindas. Porque é que isso haveria de ser um defeito?

CRÍTICA DE TV ("Crónica TV"). Diário de Notícias, 5 de Fevereiro de 2010

publicado por JN às 18:00

03 Fevereiro 2010

Conhecidos os candidatos aos prémios da Academy of Motion Picture Arts and Sciences, vulgo Óscares, chegou a altura de planear a transmissão da cerimónia, marcada para 7 de Março. E o mínimo que se pode pedir à TVI, que volta a deter os respectivos direitos para Portugal, é que faça melhor e muito diferente daquilo que tem feito nos últimos anos, ao longo dos quais deixou que os directos da mais espectacular festa da cultura pop internacional parecessem pouco mais glamourosos do que os diferidos da Grande Noite do Fado.

A cerimónia, já se sabe, vai mudar. Os apresentadores são novos, o número de nomeados é diferente – e, como o próprio formato das apresentações e entregas já vinha sendo progressivamente compactado, tudo indica que a Academia nos proporcionará este ano a gala mais fulgurante de sempre. Ora, manter Vítor Moura e José Vieira Mendes encafuados num estúdio minúsculo, cheios de sono e a dizer baboseiras sobre o som original, como vem acontecendo de há uma série de anos a esta parte, será simplesmente destruir um património.
Vivem-se tempos novos na TVI, que tem uma direcção nova, que dispõe agora de um canal noticioso e que se prepara para comemorar o seu 17º aniversário. Vivem-se tempos novos na televisão portuguesa também, com a nova prerrogativa (já posta em prática pela SportTV Golfe) de transmitir um programa em várias línguas ao mesmo tempo, permitindo ao espectador seleccionar uma delas através do comando da sua box. E muito bem faria Queluz se aproveitasse a gala, a sua antevisão e o seu rescaldo para dar um sinal de vida quanto às suas próprias possibilidades de glamour e sofisticação.

CRÓNICA DE TV ("Crónica TV"). Diário de Notícias, 3 de Fevereiro de 2010

publicado por JN às 23:30

01 Fevereiro 2010

Todas as sextas-feiras, com o rádio no máximo, liberto o mesmo suspiro: “Quem dera à televisão portuguesa ter um debate humorístico com metade da qualidade, da graça e da liberdade de espírito deste…” Refiro-me, naturalmente, a Governo Sombra, da TSF, programa de Carlos Vaz Marques que junta Ricardo Araújo Pereira, Pedro Mexia e João Miguel Tavares para, a pretexto dos temas da semana, fazer humor e alargar os horizontes daqueles a que se começa a chamar “os novos géneros” do jornalismo.

E, no entanto, funcionaria em televisão? Provavelmente não. Por um lado, Carlos Vaz Marques, que é brilhante na rádio (e mesmo em jornal), não se saiu especialmente bem na sua experiência na SIC Mulher, resistindo a fazer entrevistas aos gritos (como parece que os espectadores de televisão preferem) e deixando que a câmara o apanhasse demasiadas vezes a olhar para as notas que tinha à frente (como parece que os espectadores de televisão não toleram). Por outro, os três comentadores não estão necessariamente todos talhados para o pequeno ecrã: Araújo Pereira tem muita experiência em TV (e não consta que não goste de trabalhar no meio), mas Tavares não – e Mexia, tendo alguma, claramente não gostou da sua passagem por Eixo do Mal (SIC Notícias).
Mas, sobretudo, é difícil acreditar que aquela frescura pudesse ser reeditada em televisão, apesar da imagem, apesar dos papelinhos que cada um teria à frente, apesar da amplificação que a TV faria das suas palavras e apesar das muitas tentativas de condicionamento de que elas imediatamente seriam alvo. Queira-se ou não, a rádio continua, hoje, um espaço de especial liberdade. Apesar da pouca audiência. Ou precisamente por causa dela.

CRÓNICA DE TV ("Crónica TV"). Diário de Notícias, 1 de Fevereiro de 2010

publicado por JN às 23:14

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Joel Neto nasceu em Angra do Heroísmo, em 1974. Publicou “O Terceiro Servo” (romance, 2000), "O Citroën Que Escrevia Novelas Mexicanas” (contos, 2002), “Al-Jazeera, Meu Amor” (crónicas, 2003) e “José Mourinho, O Vencedor” (biografia, 2004). Está traduzido em Inglaterra e na Polónia, editado no Brasil e representado em antologias em Espanha, Itália e Brasil, para além de Portugal. Jornalista, tem trabalhado... (saber mais)
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